Sempre me perguntei por que ela me olhava daquela forma. O que escrevo aqui não é uma simples história, embora na época eu teria tratado como tal. O que escrevo, escrevo com profundo saudosismo e não apenas a título de relato, tampouco para alardear meus feitos, uma vez que não me orgulho dessa parte da minha vida. De outras sim, mas dessa não.
O fato é que ela me olhava. Olhava com aqueles olhos de pidona, meio que indecisa, meio que inocente, completamente insegura. Eu, lógico, retribuía o olhar, sem um interesse particular, exceto a curiosidade de saber porque aquele olhar continuava a me estapear a nuca. Soube mais tarde que ele ja tinha histórico e que me acompanhava por muito mais tempo que pudesse imaginar. Mas isso só soube mais tarde. Por enquanto foi naquele dia que eu o notei pela primeira vez.
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