Mundo Surreal

sábado, 22 de maio de 2010

Amigo Invisível


Acordo com os braços levantados, como se quisesse alcançar o teto. São 4:15 da manhã e está frio. Olho pela janela. Tudo o que identifico são as luzes amareladas em meio a neblina.

Sonhei que queria te alcançar, mas dessa vez você estava longe, tão longe! Diferente das outras vezes em que eu acariciava seu rosto e percorria os dedos pelos seus longos cabelos negros. Cabelos negros e olhos castanhos, o perfume ficava em minhas mãos, minhas mãos ficavam sobre as suas e percorria sua pele, até seu pescoço, que encontrava meus labios, que... que... que sentem sua falta. Seus olhos são poesia, difíceis de interpretar. São nuvens de algodão doce, são vícios.

Uma pessoa que nunca conheci. Uma saudade do que não tive. Uma vontade que nunca saciei. Um sonho que nunca vivi. Uma vida que não é minha, que sou proibido de viver. Não sei os motivos, ja procurei as respostas, mas estas correm e se escondem e riem de mim, como de um garoto novo em uma escola, elas pulam a minha volta mas não se deixam alcançar.

E assim sigo, na esperança de te encontrar. Para você, um amigo.

2 comentários:

  1. "Seus olhos são poesia, difíceis de interpretar. São nuvens de algodão doce, são vícios."
    Achei essa frase tão... linda!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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