segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Perfeição do Cotidiano
O entardecer invadia meus sentidos. Lá, sentado à beira do pequeno lago originado pela água da chuva que caíra durante quase toda a tarde, do lado da catedral, eu via os diferentes tons de vermelho e dourado que insistiam em permanecer no céu, enquanto o astro que os originara apressado se despedia.
Apertei o doce de amendoim nas minhas mãos e senti o ar gelado entrar nos meus pulmões. Aquele cheiro, um misto de terra molhada com grama cortada remetia às lembranças mais doces da minha infância. Fechei os olhos e simplesmente senti.
Os raios tangiam as copas das árvores e alcançavam a cruz no alto da catedral. Inclinando-me para trás, observei a visão invertida da majestosa construção. Ela se erguia imponente, de forma cônica, apontando desafiadora para o céu. Ao lado da cruz era possível ver a lua no céu ainda parcialmente iluminado a oeste e já quase escuro a leste. Percebi que daria uma bela fotografia.
O amigo ao meu lado refletia sobre alguns assuntos que já quase não ouvia. E na perfeição daquela tarde, descobri uma coisa, algo que algumas pessoas talvez jamais tenham descoberto: estamos vivos!
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ResponderExcluirNossa, Alex, é mesmo! Vou me lembrar disso agora, obrigado.
ResponderExcluirLindo, lindo texto! É diferente ler algo que você sabe como aconteceu...
ResponderExcluirÉ delicioso ver como as palavras podem expressar de uma forma tão bonita nossas sensações. Parabéns meu anjo! Um dia, espero, veremos juntos a tão conhecida catedral e o tão conhecido pôr-do-sol, como já combinamos! *.*
"E na perfeição daquela tarde, descobri uma coisa, algo que algumas pessoas talvez jamais tenham descoberto: estamos vivos!"
ResponderExcluirJá estamos acostumados a não termos mais nem isso... Sonhos vêm, sonhos vão, e o resto é imperfeito. ♪
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