- Vou viajar.
- Volta logo?
- Não volto mais.
Ainda posso ouvir essas palavras. Nossos olhos marejados, nossos lábios unidos, nossas mãos entrelaçadas. O destino decidiu que nos encontraríamos sob essas circunstâncias e não havia como mudá-lo.
Chegou a hora do adeus. Quase sem palavras, a não ser simples promessas. Não íamos nos separar, não íamos nos esquecer. As mãos se distanciaram e eu a vi se afastar sem olhar para trás, e enfim a perdi de vista.
As mensagens persistiram, as ligações eram constantes, mas a distância era maior. Perdemos o contato por dois anos. Mas isso não impediu que continuássemos nos amando, ao nosso modo. Assim como as pessoas, as histórias só morrem quando nos esquecemos delas. E essa história persiste até hoje na memória de quem a viveu.
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