Claro que sim.
Acabou a pilha do despertador. Cheguei atrasado para a prova. Fiquei pra fora. Xinguei a mãe (daquele hijo de puta) do professor um pouco alto demais, tenho certeza de que ele ouviu.Depê à vista.
Resolvi fazer a habitual incursão à cantina central, e foi a coisa mais feliz que já fiz no ano. Talvez no século. Na verdade, tenho certeza de que foi o melhor feito da história desde a síntese da ureia. Agora pensando, acho que se não tivesse ficado fora da prova, nada teria acontecido.
(Retrato matemático e claro)
Ela segurava um livro. Não vi qual, mas lembro que era em francês. Usava uma touca que parecia um suspiro gigante e um cachecol colorido que cobria parcialmente a boca. Morena. Olhos castanhos. Baixa, imagino. E óculos.
(Nota n. 1: o oposto de Ju)
Não me lembro direito como aconteceu, só sei que quando dei por mim estava conversando com a francesinha. Artes cênicas. Caloura.
Imagine!
Conversamos como se não houvesse amanhã, e conversamos pouco ainda. Tenho o número dela agora, e passei o dia todo olhando para ele. Agora o estranho: não tive coragem de ligar.
(Nota n. 2: Aquilo era realmente estranho)
Enfim, quase não dormi pensando nisso. Queria te falar. Faça seu papel de melhor amiga e opine.
E não me faça essa cara! Parece que está mastigando alho.
***
Ju não estava mastigando alho, mas o gosto ruim em sua boca a fez pensar que seria melhor se estivesse.
hahaha, divertida, simples! Gostei! =)
ResponderExcluir